O glifosato é o defensivo agrícola mais vendido no mundo, sem exceção no Brasil. É utilizado principalmente nas culturas agrícolas, soja, milho, trigo, algodão e café. O herbicida está no topo da lista dos agroquímicos mais comercializados no país, segundo levantamento da agência G1 divulgado pela Associação Brasileira dos Defensivos Pós-Patentes (AENDA).
O herbicida 2,4-D também é o segundo defensivo agrícola mais vendido no Brasil. Seu modo de ação é diferente do glifosato, controlando apenas um grupo de ervas daninhas. Segundo especialistas, é um dos mais vendidos, pois ajuda a controlar a resistência que muitas ervas daninhas desenvolveram ao glifosato.
O fungicida mancozeb é o terceiro mais vendido no Brasil, sendo também o mais antigo e originário da década de 1940. Ele está novamente sendo amplamente utilizado para controlar uma das principais doenças da soja, a ferrugem asiática, normalmente misturada com produtos mais modernos para garantir a eficácia de produtos mais novos que estavam perdendo sua eficácia contra a doença.
O inseticida acefato é o quarto produto mais vendido no Brasil, tornando-se popular devido à sua eficácia geral no controle de muitas espécies de insetos. É muito utilizado no Brasil no controle do percevejo, inseto sugador que reduz muito a produtividade das lavouras de grãos, principalmente da soja, e do bicudo do algodão, uma das principais pragas do algodão.
O herbicida atrazina é o quinto mais vendido no Brasil, sendo muito utilizado na produção de milho e, como o 2,4-D, controla um grupo de plantas daninhas. Também é mais barato e, com a perda de eficiência do glifosato, tornou-se mais procurado.
Na sexta posição está o dicloreto de paraquat, que está na mesma categoria do glifosato. No entanto, seus dias estão contados no país porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibi-lo, levando à retirada de seus estoques.
O inseticida, o imidaclopride, é o sétimo mais vendido no Brasil, sendo mais recente que o acefato. Faz parte do grupo químico dos neonecotinóides, que é derivado dos derivados da nicotina e está associado por alguns ao desaparecimento das abelhas.
Os compostos à base de cobre usados como fungicidas ocupam a oitava posição no ranking de vendas no Brasil, principalmente o oxicloreto e o sulfato, amplamente utilizados na agricultura orgânica, pois as doses necessárias são mínimas e, se utilizadas nesta atividade, evaporam rapidamente e não deixe nenhum resíduo. Outro motivo é o fato de ainda não existir um produto biológico capaz de desempenhar essa função.
Dos 10 agrotóxicos mais vendidos no Brasil, dois foram desconsiderados da pesquisa, que são óleos minerais e vegetais, ocupando a quinta e a sétima posição, respectivamente, por serem usados para melhorar a aderência de agrotóxicos (adjuvantes) e não serem verdadeiros agrotóxicos. Em seu lugar, veio o enxofre polivalente na décima primeira e o herbicida, diuron, na décima segunda.