De acordo com a análise, apenas 0,67% do total avaliado apresentaram potencial risco agudo ao consumidor
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, na última quarta-feira, os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) em 2023. O programa, que avalia a presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e o seu potencial de risco para a saúde humana, analisou 3.294 amostras de alimentos, coletadas em 76 municípios, e testadas para a presença de resíduos de 338 diferentes agrotóxicos, incluindo produtos nunca autorizados ou substâncias já banidas no Brasil.
Foram considerados 14 alimentos, que representam 31% do consumo de alimentos de origem vegetal pela população brasileira: abacaxi, alface, alho, arroz, batata-doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva.
Fonte: Anvisa
De acordo com a análise, apenas 22 amostras apresentaram potencial risco agudo ao consumidor de alimentos no curto prazo, cerca de 0,67% do total avaliado. Foram identificados resíduos em sete amostras de abacaxi e em seis de laranja.
Já para o risco crônico, que avalia o impacto potencial na saúde humana do consumo de determinado alimento por toda a vida, a Anvisa não encontrou nenhuma situação equivalente nas análises de 2023.
No documento, a Anvisa afirma que “diante do exposto, pode-se inferir que, dentro das condições assumidas para a avaliação do risco, foi baixa a ocorrência de situações de exposição dietética a resíduos de agrotóxicos verificadas em concentrações que pudessem levar a efeitos adversos à saúde, do ponto de vista agudo”.
Fonte: Anvisa
O relatório também traz dados sobre a conformidade com o Limite Máximo de Resíduos (LMR) estabelecido pela Anvisa. De acordo com a análise, 37% das amostras não continham qualquer resíduo de agrotóxico. Outras 36,9% tiveram resíduos detectados dentro dos limites legais. O restante das amostras (26,1%) tinha alguma não conformidade, quando há resíduos em quantidades acima do limite ou ainda a presença de um agrotóxico não autorizado para aquela cultura agrícola.
Nesta edição, os laboratórios responsáveis pelas análises foram a Fundação Ezequiel Dias – Funed (Lacen/MG) e o laboratório Eurofins do Brasil.
Fonte: Anvisa
Para mais informações, acesse o relatório completo e a apresentação dos resultados.
Com informações da Anvisa e da Revista Globo Rural