As 20 maiores empresas agroquímicas brasileiras em 2017

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As 20 maiores empresas agroquímicas brasileiras em 2017: as fusões aumentarão a concentração de mercado no futuro

As vendas de agroquímicos no Brasil atingiram um faturamento total de US $ 8,9 bilhões em 2017, segundo dados da Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). O resultado representou uma queda de 7% na receita em relação a 2016.

Esta é a quarta queda consecutiva no setor de agrotóxicos no Brasil desde 2014, quando as empresas faturaram US$ 12,3 bilhões. Desde então, as receitas da indústria de agroquímicos caíram para US$ 9,6 bilhões em 2015 e US$ 9,5 bilhões em 2016.

Assim como em 2015, os fatores que contribuíram para a queda do valor das vendas foram a forte desvalorização do Real frente ao dólar e o crescente uso de produtos ilegais, clandestinos, roubados ou mesmo falsos. Houve também o surgimento de novas tecnologias de controle e manejo integrado de pragas. Segundo o Sindiveg, as previsões foram confirmadas para 2017, o que projetou aumento de produtos ilegais, estoques elevados e risco de inadimplência no pagamento.

O maior volume de vendas em 2017 foi no segmento de herbicidas, com US $ 3,1 bilhões, ou 35% do total (considerando-se herbicidas seletivos para herbicidas específicos e não seletivos). As vendas de fungicidas totalizaram US$ 2,4 bilhões, ou 28%, e as vendas de inseticidas, US $ 2,37 bilhões, ou 27% das vendas do setor.

Mais da metade da receita do setor veio das vendas para a soja – 52% do total, ou US $ 4,6 bilhões – no ano anterior, que atingiram US $ 5,3 bilhões. A cana-de-açúcar vem em segundo lugar, respondendo por 12% das vendas no setor de defesa, ou US $ 1,04 bilhão. Em seguida vem o milho (10%), com US $ 945,6 milhões; algodão (7%), US $ 599,1 milhões; e café (3%), com US $ 246,5 milhões.

O principal estado consumidor do insumo foi o Mato Grosso, que comprou 21% de todos os agrotóxicos comercializados no Brasil, no valor de US $ 1,8 bilhão. São Paulo foi o segundo maior comprador de agroquímicos, responsável por 15% das vendas do setor, ou US $ 1,3 bilhão. Em terceiro lugar ficou o Rio Grande do Sul, com 12% do negócio, equivalente a US $ 1,08 bilhão. Paraná, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul aparecem no ranking dos estados, onde a maioria dos defensivos foi vendida.

As estatísticas de vendas de empresas agroquímicas mostram que os dez primeiros lugares concentram US$ 7.167 milhões em vendas, o que significa que detêm nada menos que 80,52% do mercado total brasileiro. O resultado representa uma ligeira queda de cerca de três pontos percentuais, em relação a 2016, quando as 10 maiores empresas responderam por 83,20% do mercado.

Vendas das 20 maiores empresas brasileiras de agroquímicos em 2017
Ranking
(por vendas de 2017)
Empresa 2017 (mn USD) 2016 (mn USD) Mudança%
1 Syngenta 1,587 1.817 -12,7
2 Bayer 1,036 1.735 -40,3
3 BASF 890 804 +10,7
4 FMC 642 522 +23,0
5 DuPont 579 608 -4,8
6 Dow 571 622 -8,2
7 Nufarm 504 474 +6,3
8 UPL 500 466 +7,3
9 Adama 448 442 +1.4
10 Monsanto 410 438 -6,4
11 Arysta + Chemtura 384 377 +1,9
12 Iharabrás 351 327 +7,3
13 Nortox 280 201 +39,3
14 Albaugh Brasil 200 146 +37,0
15 Ourofino 195 144 +35,4
16 CCAB ** 170 106 +60,4
17 Leme 115 145 -20,7
18 Sipcam-Nichino 76 xxx n / D
19 Rotam 54 64 -15,6
20 Sinon xxx 35 n / D
(*) Pesquisa não oficial da Aenda
(**) O ano fiscal da CCAB começa em 1º de julho e termina em 30 de junho do ano seguinte.
(xxx) Dados indisponíveis

 

“Quando o mercado é dominado por alguns concorrentes, nós o chamamos de fenômeno do mercado de oligopólios. E quando esse oligopólio se torna mais forte, restringindo ainda mais espaço para outros concorrentes, como devemos chamá-lo? Pois é precisamente o que está acontecendo com o brasileiro. mercado agroquímico, por sinal, um dos maiores do mundo “, afirma Tulio Teixeira de Oliveira, diretor executivo da Aenda, da Associação Nacional das Agências Agropecuárias da Defesa.

A liderança da Syngenta em vendas de agroquímicos no Brasil permaneceu, apesar de uma queda nas vendas de US$ 230 milhões no ano passado, em relação a 2016. No segundo ano após a aquisição da empresa pela ChemChina, a Syngenta consolidou sua posição na primeira posição. do ranking, com alguns lançamentos de produtos, mas principalmente a aposta em startups e empresas agtech, reforçando a ideia de sustentabilidade por meio de tecnologia e soluções integradas.

Entre as maiores empresas, a Bayer foi a empresa que teve a maior queda nas vendas, diminuindo US$ 699 milhões em relação a 2016. Foi um ano de transição entre o anúncio dos processos de intenção de compra e liberação de negócios da Monsanto. Para justificar uma queda nas vendas, a empresa explicou que isso ocorreu porque os estoques no Brasil estavam “inesperadamente altos” e isso prejudicou o desempenho em toda a América Latina. Segundo a Bayer, desconsiderando o desempenho no mercado brasileiro, as vendas ajustadas da Bayer teriam crescido 3% em todo o mundo em 2017.

Depois de ter visto a maior queda entre as grandes empresas em 2016, a BASF se recuperou e foi uma das poucas que aumentaram suas receitas em 2017, vendendo US$ 86 milhões a mais em relação a 2016. Segundo a BASF, o crescimento expressivo ocorreu porque a empresa estava capaz de “aumentar ainda mais sua rentabilidade”, estabelecendo “uma base vital para o desenvolvimento futuro da nossa empresa – tanto em termos de pessoas e estratégia”, disse o Dr. Kurt Bock, presidente do Conselho de Administração da BASF.

Em quinto e sexto lugar estão empresas que já passaram por um ano de fusões de operações: Dow ingressou na DuPont após a aprovação, nos primeiros seis meses de 2017, dos negócios pelo CADE – órgão regulador brasileiro de defesa da concorrência. Ambas as empresas tiveram uma queda nas receitas, uma vez que os canais de distribuição continuaram a ver altos estoques. De acordo com a DowDuPont, esses problemas foram parcialmente compensados ??pelo lançamento de novos produtos, incluindo o fungicida Vessarya e o híbrido de milho Leptra.

Nufarm, UPL, Adama e Monsanto completam o TOP 10 das maiores empresas agroquímicas do Brasil. Entre estes, o único que registrou queda nas vendas foi a Monsanto, que já antecipou a aquisição pela Bayer.
A Nufarm anunciou em 2017 que apostaria no Brasil. “No Brasil, vemos oportunidades, especialmente no milho e na soja, mas também crescemos muito na proteção das pastagens”, disse Greg Hunt, CEO da Nufarm, em visita à sede brasileira.

Uma estratégia semelhante veio da UPL da Índia, que concentrou investimentos em sua subsidiária brasileira e anunciou vários lançamentos de produtos específicos para tratamento de sementes no país. Rogério Castro, CEO da UPL no Brasil, anunciou em 2017 a marca inseticida à base de fipronil “Start”, que foi a primeira de um grande portfólio da empresa para o segmento.

Tulio Oliveira, da Aenda, projeta um cenário ainda mais concentrado para o futuro, quando as fusões se concretizarem, e o mercado de agrotóxicos no Brasil terá apenas cinco grandes empresas com mais de 70% do mercado: “Essas nove empresas hegemônicas só cinco em 2019. Houve uma fusão entre a Dow e a DuPont e agora a Bayer comprou a Monsanto.A Syngenta e a Adama, embora com estruturas separadas, representam apenas uma – ChemChina.Um pouco mais cedo, a FMC capturou a Cheminova e, mais recentemente, adquiriu o governo De acordo com o processo Dow-DuPont, as empresas que detêm 70% do mercado brasileiro de produtos fitossanitários serão apenas a Bayer, a Syngenta / Adama, a Corteva (Dow / DuPont), a BASF e a FMC.

Fonte: Agronews

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