O glifosato é o agrotóxico mais vendido no mundo. É usado para matar ervas daninhas nas maiores culturas agrícolas: soja, milho, trigo, algodão e café. São essas produções que “puxam” as vendas dos principais pesticidas.
O G1 levantou os 10 princípios ativos mais utilizados no Brasil, nos Estados Unidos e na União Europeia, 3 das principais regiões produtoras de alimentos no planeta. A lista ficou com 24 substâncias porque 6 são comuns a duas ou mais regiões.
O princípio ativo é o ingrediente principal do agrotóxico: a partir dele são feitos os produtos que chegarão para os agricultores.
Veja abaixo a lista* das substâncias mais vendidas e como são usadas.
Lista dos agrotóxicos mais vendidos no Brasil, na UE e nos EUA — Foto: Rodrigo Sanches/G1
Brasil usa agrotóxicos banidos fora?
Entre os princípios ativos mais vendidos no Brasil, 3 foram banidos da União Europeia (acefato, atrazina e dicloreto de paraquate). Um deles, o paraquate, também será proibido no Brasil a partir de 2020.
A UE foi questionada recentemente na Organização Mundial do Comércio por ser considerada rígida demais na autorização de agrotóxicos. O bloco europeu também baniu 3 princípios ativos que estão entre os campeões de venda nos EUA (acetocloro, atrazina e bifentrina); outro (sulfentrazona) não tem registro por lá.
Já os EUA autorizam o uso de todos os princípios ativos que aparecem no ranking brasileiro. E não têm registro apenas de 1 produto que é aceito na UE (tebuconazol).
Por sua vez, o Brasil também autoriza todos os princípios ativos mais vendidos dos EUA e não tem registro para 2 que são muito usados na União Europeia (flufenaceto e mesosulfuron).
Conheça cada campeão de venda
Para entender o uso agrícola desses agrotóxicos, o G1 consultou a bula de produtos feitos a partir deles e ouviu os pesquisadores da Embrapa Dionísio Gazziero (especialista em plantas daninhas), Claudia Godoy (especialista em doenças na agricultura) e Samuel Roggia (especialista em insetos).
Veja como cada um funciona, onde atua e como se posiciona nas regiões enfocadas na reportagem.
Glifosato (o mais vendido no Brasil, na UE e nos EUA)
O glifosato é o agrotóxico mais vendido no Brasil, União Euroeia e Estados Unidos. Serve para matar as plantas silvestres que estão na área antes do plantio de uma safra.
A predominância desse pesticida, segundo agrônomos, se deve à sua eficácia, maior que qualquer outro produto de sua categoria (herbicida). O glifosato pode controlar mais de 150 espécies de plantas daninhas, em diversas culturas.
Não é comum ele ser usado durante o ciclo de produção porque pode afetar o cultivo principal. Mas uma exceção é na soja, maior cultura agrícola do Brasil. Isso porque as plantas transgênicas possuem resistência, então é possível utilizar o agrotóxico durante todo o ciclo.
Por outro lado, as ervas daninhas também aumentaram a resistência ao pesticida, o faz com que o glifosato esteja sendo misturado a outros, para funcionar melhor.
O Brasil autoriza seu uso no plantio de algodão, ameixa, arroz, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, coco, feijão, fumo, maçã, mamão, milho, nectarina, pastagem, pera, pêssego, seringueira, soja, trigo e uva.
Mas isso está sendo reavaliado. Estudos no exterior fazem relação dele com câncer. Na UE, a Áustria e Alemanha, decidiram bani-lo.
2,4-D (2º mais vendido no Brasil)
O 2,4-D é um herbicida que tem modo de ação diferente do glifosato. Ele controla apenas um grupo de plantas daninhas.
É um dos mais vendidos porque, quando misturado ao glifosato, consegue aumentar a eficiência em plantas que ganharam resistência ao produto mais vendido, como a buva, espécie invasora comum nas culturas da soja e do feijão.
Ele tem autorização no Brasil para ser utilizado nas culturas de arroz, aveia, café, cana-de-açúcar, centeio, cevada, eucalipto, milheto, milho, pastagem, soja, sorgo (grão usado em ração para gado) e trigo.
É liberado nos EUA e, na UE, ele tem autorização restrita, apenas para trigo — principal atividade agrícola do bloco — cevada, aveia, centeio e triticale (planta que surgiu da mistura de trigo com centeio e que serve para pastagens).
Mancozebe (3º mais vendido no Brasil)
O mancozebe é um fungicida mais antigo, da década de 1940, que voltou a ser muito utilizado para controlar uma das principais doenças da soja: a ferrugem asiática, que prejudica a formação da planta e dos grãos e já causou prejuízos bilionários à atividade.
Ele é misturado com produtos mais modernos para garantir a efetividade de produtos mais novos que foram perdendo a eficácia contra a doença. Porém, a dose usada precisa ser maior do que a dos agrotóxicos mais modernos.
No Brasil, pode ser usado para abacate, abóbora, algodão, alface, alho, amendoim, arroz, banana, batata, berinjela, beterraba, brócolis, café, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, cevada, citros, couve, couve-flor, cravo, crisântemo, dália, ervilha, eucalipto, feijão, feijão-vagem, figo, fumo, gladíolo, hortênsia, maçã, mamão, manga, maracujá, melancia, melão, milho, orquídeas, pepino, pera, pêssego, pimentão, repolho, rosa, seringueira, soja, tomate, trigo, uva e vagem.
Ele possui registro na União Europeia e nos EUA, onde já foi um dos mais vendidos.
Acefato (4º mais vendido no Brasil)
É um inseticida que tem um poder de ação grande (generalista) e pode matar muitas espécies. Agrônomos o apontam como um “coringa” para melhorar a eficiência de outros produtos.
É muito usado no Brasil para controlar o percevejo, um inseto sugador que diminui muito a produtividade nas culturas de grãos, em especial a soja, e o bicudo do algodoeiro, uma das principais pragas do algodão.
O acefato é autorizado nos EUA, mas faz parte de um grupo de inseticidas (organosfosforados) que foi banido na União Europeia. Isso porque estudos relacionaram o produto à perda de fertilidade masculina. Além disso, a UE argumentou que seu resíduo pode causar morte de aves e espécies marinhas, como anfíbios e peixes.
No Brasil, pode ser aplicado na produção de algodão, amendoim, batata, citros, feijão, melão, milho, soja e tomate (somente fins industriais). Porém, desde 2013, a aplicação do produto ficou mais restrita: só pode ser feita por máquinas e não pode ocorrer em ambientes fechados, como estufas.
Atrazina (5º mais vendido no Brasil e 6º nos EUA)
É um herbicida muito comum na produção de milho e, assim como o 2,4-D, atua para controle de um grupo de ervas daninhas. É um agrotóxico mais barato e, com a perda de eficiência do glifosato, acabou sendo mais procurado.
No Brasil, possui autorização para ser aplicado nas plantações de abacaxi, cana-de-açúcar, milho, milheto, pinus, seringueira, sisal e sorgo (grão usado em ração para gado).
O produto também é registrado nos EUA, que são os principais produtores de milho do mundo.
Ele foi banido na UE porque estudos do bloco não conseguiram comprovar que o ingrediente ativo não contamina os lençóis freáticos. Outras pesquisas associaram o agrotóxico a impactos no sistema reprodutivo em população de sapos.
Dicloreto de paraquate (6º mais vendido no Brasil)
O paraquate, como é mais conhecido pelos agricultores, é da mesma classe que o glifosato. Comum na produção de soja, é usado para secar as plantas e vagens do grão, a fim de deixar a lavoura uniforme para a colheita (a chamada dessecação).
No Brasil ele também tem autorização para as culturas de algodão, arroz, banana, batata, café, cana-de-açúcar, citros, feijão, maçã, milho e trigo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pelo banimento do produto em 2017 e o agrotóxico deverá sair do mercado brasileiro daqui a 1 ano. A reavaliação técnica do produto entendeu que ele oferece riscos de mutação genética e mal de Parkinson para quem manipula o pesticida.
Na UE, o produto foi banido em 2003. Nos EUA, ainda é autorizado, mas está em reavaliação.
Imidacloprido (7º mais vendido no Brasil)
O imidacloprido é um inseticida mais recente que o acefato. Faz parte de um grupo químico chamado neonectinóides (de derivados da nicotina), que está associado à morte e ao desaparecimento de abelhas.
Por isso, na UE, ele só pode ser aplicado em ambientes fechados (estufas) e em tratamento de sementes. No Brasil e nos EUA, não há restrições.
Ele controla pragas importantes da cultura da soja, como mosca branca e percevejo, mas produtores de uma grande diversidade de culturas podem usá-lo para controlar formigas e outras moscas, por exemplo.
No Brasil, pode ser aplicado por produtores de abacaxi, abóbora, abobrinha, alface, algodão, alho, almeirão, amendoim, arroz, aveia, banana, batata, berinjela, brócolis, café, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, cevada, citros, chicória, couve, couve-flor, crisântemo, eucalipto, feijão, fumo, gérbera, girassol, goiaba, jiló, mamão, mamona, manga, maracujá, melancia, melão, milho, palma forrageira, pastagens, pepino, pêssego, pimentão, pinus, poinsétia (bico de papagaio), repolho, soja, sorgo, tomate, trigo e uva.
Compostos à base de cobre (8º no Brasil e 7º na UE)
São considerados os primeiros fungicidas, datados de 1807. Especialmente o oxicloreto e o sulfato, são muito utilizados na cultura orgânica, para combater ataque de doenças em frutas e hortaliças.
Ele é permitido para a produção orgânica porque a dose necessária é muito pequena e, da forma que é utilizado nessa atividade, evapora rápido e não deixa resíduos. Outro motivo é que ainda não existe produto biológico capaz de exercer a função dele.
Nas grandes culturas, ele faz parte do rodízio de agrotóxicos aplicados para controlar a ferrugem asiática, na soja, e outras ferrugens, como no café, no trigo e no feijão.
No Brasil, pode ser utilizado na produção de abacate, abóbora, abobrinha, agrião, aipo, alface, algodão, alho, alho-poró, almeirão, ameixa, amendoim, amora, banana, batata, berinjela, beterraba, brócolis, cacau, café, caju, cana-de-açúcar, caqui, cebola, cebolinha, cenoura, chá, chicória, citros, coco, couve, couve-flor, crisântemo, cravo, dália, ervilha, espinafre, feijão, feijão-vagem, figo, fumo, goiaba, jiló, maçã, mamão, manga, maracujá, marmelo, melancia, melão, morango, nabo, nectarina, néspera, noz pecan, orquídeas, pepino, pera, pêssego, pimenta, pimenta-do-reino, pimentão, quiabo, repolho, rosa, salsa, seringueira, soja, tomate, trigo e uva.
Além de Brasil e UE, ele também é autorizado nos EUA.
Enxofre (11º mais vendido no Brasil*)
É um princípio ativo com várias formas de aplicação. Pode ser usado para controlar doenças (fungicida), para matar insetos e também como fertilizante.
No Brasil, ele pode ser aplicado nas culturas de abacate, abóbora, abobrinha, algodão, alho, ameixa, amendoim, batata, berinjela, café, caju, cebola, citros, coco, couve, couve-flor, chuchu, ervilha, eucalipto, feijão, feijão-caupi, feijão-vagem, figo, goiaba, maçã, mamão, mamona, manga, marmelo, maxixe, melancia, melão, milho, morango, nabo, pepino, pera, pêssego, pimenta, pimentão, pinhão manso, quiabo, repolho, rosa, soja, tomate, trigo e uva.
Também é autorizado nos EUA. Na UE, apenas para trigo e uvas.
Diurom (12º no Brasil*)
É um herbicida comum para culturas perenes (aquelas em que as plantas permanecem na lavoura após a colheita), como café e laranja.
Também é utilizado por produtores de algodão e soja como produto para ser revezado com o glifosato, a fim de ter mais eficiência no controle de plantas daninhas como o capim-amargoso, uma das principais plantas invasoras da cultura de grãos.
No Brasil, os produtores podem aplicar nas culturas do abacaxi, alfafa, algodão, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, eucalipto, milho, seringueira, soja, trigo e uva.
Ele também possui registro na UE e nos EUA.
S-Metolacloro (2º mais vendido nos EUA)
É um herbicida que também atua em rodízio com o glifosato. Ele controla plantas daninhas que ganharam resistência ao agrotóxico mais vendido do mundo, como o capim-amargoso na soja.
Ele também é registrado na UE. Dentro da produção americana, pode ser usado em culturas importantes como algodão, soja e milho.
No Brasil, é autorizado para lavouras de algodão, cana-de-açúcar, canola, eucalipto, feijão, girassol, mandioca, milho, soja e uva.
Piraclostrobina (3º mais vendido nos EUA)
É um fungicida que é muito utilizado na cultura de grãos, como soja, milho, café e trigo, como cana-de-açúcar e algodão. Ele é usado no rodízio de produtos para controle de doenças nas lavouras.
Considerando culturas importante dos EUA, ele combate a antracnose (infecção das vagens). Ajuda no controle da ferrugem do milho e da ramularia no algodão, uma doença que reduz a fotossíntese.
No Brasil possui autorização para 103 culturas. É também autorizado na UE.
Mesotriona (4º mais vendido nos EUA e 9º na UE)
É um herbicida que é mais utilizado na produção de milho, o que explica estar entre os produtos mais vendidos nos EUA, o maior produtor mundial.
Ele não controla a mesma quantidade de plantas daninhas que o glifosato, podendo ser utilizado dentro de um rodízio com outros herbicidas da lista.
No Brasil, ele tem autorização para ser utilizado nas lavouras de cana-de-açúcar, milheto e milho. Na UE, apenas no milho.
Acetocloro (5º mais vendido nos EUA)
É um herbicida com atuação parecida com a do S-Metolacloro. Atua nas plantas mais baixas, como capins. Na produção americana, é autorizado nas principais culturas: milho e soja. No Brasil, pode ser usado por produtores de café, cana-de-açúcar, milho e soja.
Na UE, produto foi banido em 2012 sob a alegação de que podia contaminar o lençol freático e gerar “desregulação endócrina em anfíbios” e problemas para outros organismos aquáticos.
Azoxistrobina (7º mais vendido nos EUA e 10º na UE)
É um fungicida que tem como principal característica o controle da ferrugem em diversas culturas.
É muito comercializado nos EUA e na UE porque atua nas principais culturas desses lugares: milho, trigo e soja. E, como outros fungicidas, é misturado com outros produtos da mesma categoria, para melhorar sua eficiência.
No Brasil, ele é autorizado para 59 culturas, como arroz, feijão, frutas, hortaliças, café, cana-de-açúcar, milho, trigo e soja.
Dicamba (8º mais vendido nos EUA)
É um herbicida que está tentando substituir o glifosato na produção da soja transgênica nos Estados Unidos.
Assim como ocorre com as primeiras gerações da soja geneticamente modificada com o glifosato, a nova geração é resistente ao dicamba. O produto consegue controlar plantas que o glifosato não consegue mais, como a buva e a amaranthus-palmeri.
Na UE, ele tem autorização para pastagens e milho. No Brasil, é autorizado para algodão e soja. Porém, o uso desse agrotóxico preocupa produtores brasileiros por ser um produto que dispersa facilmente no ar, podendo atingir e matar lavouras vizinhas.
Bifentrina (9º mais vendido nos EUA)
É um inseticida usado em duas culturas importantes dos EUA. Ele mata pragas como o bicudo do algodoeiro e também a lagarta da soja, que gera muitos prejuízos.
No Brasil, possui autorização para uso em 40 culturas, como hortaliças, frutas, café, cana-de-açúcar, arroz, feijão, trigo e soja.
Na UE, perdeu o registro e está em fase de substituição por causar risco de morte aos artrópodes, como aranhas, crustáceos e insetos que não são alvo da aplicação do agrotóxico.
Sulfentrazona (10º mais vendido nos EUA)
É um herbicida muito comum na cultura da soja, onde os EUA lideram. É um produto que tem mais eficiência que o glifosato com algumas espécies de ervas invasoras, como as amaranthus.
No Brasil, os produtos formulados a partir da sulfentrazona podem ser utilizados em lavouras de abacaxi, café, cana-de-açúcar, citros, eucalipto, fumo e soja.
A fabricante desenvolvedora do princípio ativo nunca pediu registro do produto na UE.
Protioconazol (2º mais vendido na UE)
É um fungicida muito utilizado na produção de trigo, a maior da UE, para controlar o oídio, considerado por especialistas a principal doença da atividade. Ele reduz o vigor das plantas, afeta a fotossíntese e pode diminuir a produtividade em até 40%.
No Brasil, o protioconazol possui registro para ser usado nas produções de algodão, cevada, feijão, girassol, milho, soja e trigo. Ele também é autorizado nos EUA.
Fluxapiroxade (3º mais vendido na UE)
É um fungicida voltado à produção de aveia, centeio e trigo, o que explica as primeiras posições nas vendas da União Europeia. Ele ajuda no controle da ferrugem do trigo, outra doença importante da cultura.
Possui registro nos EUA e, no Brasil, é autorizado para ser utilizado por produtores de 87 culturas, como açaí, guaraná, café, cevada, coco, pimenta, manga, maracujá, milho e soja.
Tebuconazol (4º mais vendido na UE)
É um fungicida muito utilizado na produção de cereais, como o trigo, controlando doenças como a ferrugem e a mancha-amarela. Além dessas atividades, a União Europeia autoriza o uso de produtos formulados a partir do Tebuconazol para a produção de uvas.
No Brasil, o princípio ativo tem autorização para 74 culturas, como arroz, feijão, alface, pepino, pimentão, cevada, maçã, trigo e uva. Ele não possui registro nos EUA.
Epoxiconazol (5º mais vendido na UE)
O epoxiconazol é um fungicida utilizado no controle de doenças em diversas culturas, como banana, café e cevada, além do trigo, carro chefe na União Europeia.
Ele controla pragas como a ferrugem, mancha-amarela e brusone, grave doença da atividade, que causa problemas na formação dos grãos e diminui a produtividade.
No Brasil, possui registro para a produção de algodão, amendoim, arroz, aveia, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, cevada, feijão, girassol, mandioca, milho, soja, sorgo (usado na ração do gado), além do trigo. Também é registrado nos EUA.
Flufenaceto (6º mais vendido na UE)
É um herbicida que pode ser utilizado no trigo e outros cereais de inverno, o que ajuda a explicar a sua presença no ranking de vendas da UE, que também autorizou o uso na produção de milho, soja e girassol.
Pode atuar em conjunto com outros herbicidas, como glifosato, para controlar plantas daninhas em que o produto mais vendido do planeta já perdeu a eficiência.
O flufenaceto também possui autorização nos EUA, mas não está registrado no Brasil.
Mesosulfuron (8º mais vendido na UE)
É um herbicida que também tem forte eficiência na produção de trigo. Ele pode ser utilizado em conjunto com o glifosato ou outros herbicidas, para garantir o controle de plantas daninhas. Na UE, ele é autorizado para trigo e centeio.
Ele também é autorizado nos EUA, mas não está registrado no Brasil.
(*) Dos 10 defensivos mais vendidos no Brasil, dois foram desconsiderados do levantamento: os óleos mineral e vegetal, que estão em 5º e 7º na lista, respectivamente, porque são usados para melhorar a aderência do agrotóxico (o chamado adjuvante) e não propriamente como pesticida. No lugar deles entraram o enxofre (11º) e o diurom (12º).
Fonte original: G1
Texto: Rikardy Tooge
Arte: Rodrigo Sanches/G1